segunda-feira, 9 de maio de 2011

Revolução Industrial e Guerra nas Estrelas

“há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante...."
Em meados do século XVIII teve início na Inglaterra a Revolução Industrial (RI), que representou um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social.  A máquina foi substituindo o trabalho humano e uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, acompanhado de um desenvolvimento acelerado nos transportes e nos meios de comunicação.
Com esse desenvolvimento tecnológico não seria muito difícil prever num futuro, não muito longínquo, os benefícios que isso representaria nas relações entre o homem e a máquina. A partir de então muitos cientistas, filósofos e pensadores passaram a explorar essa relação do homem e máquina. Sendo que o termo Robótica foi popularizado pelo escritor de Ficção Científica Isaac Asimov, na sua ficção "I, Robot" (Eu, Robô), de 1950.
Podemos dizer que uma das maiores contribuições foi com o cinema, quando em 1977 estreiou a saga Guerra na Estrelas, concebida por George Lucas. Uma das temáticas abordadas foi essa relação entre o homem e a máquina, sendo uma constante com a presença simpática dos andróides C3PO e R2D2.  Apesar de existir nesse universo a busca pelo poder, lembrando que a conspiração em Guerra nas Estrelas é baseada na política romana, a república com seus senadores corruptos dá lugar a um império após um golpe de Estado, a relação entre o homem e máquina tem um balanço positivo, afinal os dois não são utilizados para oprimir a população, fazendo-os trabalhar horas a fio, ou em uma perspectiva mais radical a máquina não é utilizada como uma forma de extermínio da raça humana, como em O Exterminador do Futuro.
A proposta de George Lucas é exatamente fazer com que o robô facilite a vida humana, desenvonvento tarefas que colocariam em risco a integridade física do ser humano e ajudando o no dia-a-dia, não podemos esquecer que C3PO foi um droid criado por Anakin para auxiliá-lo nas tarefas de casa. Os robôs também desempenham um apoio psicológico, muitas vezes vemos Luke dicutindo com C3PO e R2D2. Como podemos observar C3PO representa o lado racional, em sua memória temos mais de seis bilhões de línguas, já R2D2 representa o lado emocional sendo sua comunicação impossível de ser compreendida se não for traduzida para palavras por C3PO. Os dois formam uma dupla inseparável (razão e emoção) e, sem ela, o herói não conseguirá terminar sua jornada.

                                                        C3PO e R2D2

Na RI a necessidade de matérias–primas e a busca por novos mercados consumidores impulsionou um desenvolvimento espantoso nos meios de transporte, com a construção de navios a vapor e locomotivas. A necessidade de tornar esses meios mais seguros e mais rápidos de modo a encurtar as distâncias faz com que essa evolução seja constante. Os filmes abordam essa temática através das naves espaciais, demonstrando que esse desenvolvimento romperia a barreira para exploração do espaço, levando o ser humano a planetas com novos ambientes e diferentes culturas. Algumas naves mostradas em Guerra nas Estrelas são tão rápidas que atingem a velocidade da luz permitindo a viagem para outras galáxias.
                                                   Millenium Falcon
 A comunicação também tem uma função importante com o aparecimento do telégrafo no século XIX, visando ampliar o contato com os fornecedores e compradores. Na saga de Guerra nas Estrelas a comunicação é realizada por aparelhos telecomunicadores com o auxílio da holografia, uma realidade não tão distante da nossa, na qual os celulares já possuem tecnologia 3G, que permitem o recurso da teleconferência.
                                                            Holografia
A proposta da comparação entre a RI e Guerra nas Estrelas é demonstrar os benefícios que o surgimento da máquina e o desenvolvimento tecnológico podem oferecer ao homem. Logo, a máquina não é a responsável pela exploração e alienação humana, pelo contrário a utilização da máquina deve reduzir a necessidade do trabalho pesado e exaustivo de modo a proporcionar o tempo livre necessário para o homem se autoconhecer e conhecer outros lugares e novas culturas.  Assim, a construção desse universo criado por Geoge Lucas nada mais é do que um exemplo do bom aproveitamento da tecnologia que surgiu com a RI.

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